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Schmale Seelen sind mir verhasst:
Da steht nichts Gutes, nichts Böses fast.
Almas Estreitas
São-me odiosas as almas estreitas:
De nada bom, quase de nada mau são feitas.
F. Nietzche
in Poemas
versão portuguesa de Paulo Quintela, Centelha, Coimbra, 1981
sábado, 28 de março de 2009
segunda-feira, 23 de março de 2009
F. Nietzsche (poeta)
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O PINHEIRO E O RAIO
Cresci muito por sobre homens e bichos:
e quando falo - ninguém fala comigo.
Cresci sózinho e alto por demais -
Espero: mas por que é que espero?
As nuvens estão muito perto de mim, -
estou à espera do primeiro raio.
(tradução de Paulo Quintela)
O PINHEIRO E O RAIO
Cresci muito por sobre homens e bichos:
e quando falo - ninguém fala comigo.
Cresci sózinho e alto por demais -
Espero: mas por que é que espero?
As nuvens estão muito perto de mim, -
estou à espera do primeiro raio.
(tradução de Paulo Quintela)
quinta-feira, 19 de março de 2009
Dia Mundial da Poesia
No próximo dia 21 de Março, Sábado, diversos poetas lerão poemas inéditos, da sua autoria, pelas 18h30, na Fundação Eugénio de Andrade, Rua do Passeio Alegre, 584, PORTO.
Entrada Livre.
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Adenda, 21:
Estiveram presentes os seguintes poetas:
Albano Martins, Ana Luísa Amaral, A. Rebordão Navarro, Daniel Maia-Pinto Rodrigues, Eduarda Chiote, Fernando Guimarães, Helga Moreira, Inês Lourenço, João Luís Barreto Guimarães, José Emílio-Nelson,Jorge Reis-Sá, Rosa Alice Branco..
domingo, 8 de março de 2009
Dia Internacional da Mulher - 8 de Março
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Guilhermina Suggia
(variações sobre um retrato)
1.
No escarlate do vestido
entre os joelhos avulta
o versátil companheiro
que em voz grave lhe responde
desde esse Porto marítimo
da infância, muito antes
da era dos petroleiros e
da boçalidade dos banhistas.
2.
O arco descreve
o intenso itinerário
de Leipzig a Paris,
de Berlim a Varsóvia,
o fascínio dos palcos, o
secretismo dos camarins,
na arritmia do pulso
que o fulgor persegue.
3.
Num crescendo vibrátil
desenha o andamento,
seus motivos ascendentes de
harmónica tensão. E na pausa
final, que um ímpeto antecede
o arco se suspende
augúrio e êxtase.
4.
No atelier londrino
de Mallord Street,
o pintor fixa o instante
de uma metamorfose.
Na tela cresce a silhueta
unida ao Stradivarius,
num corpo mútuo
de exótica mariposa,
olhos cerrados no meridional
abraço. Nem Pablo,
o virtuoso, nem qualquer outro
amante, desatará jamais
esse abraço sem fim.
Inês Lourenço, A Enganosa Respiração da Manhã, Asa Editores, 2002, Porto
Nota: O poema tem como referente o quadro de Augustus John(1879-1961), do post anterior.
Guilhermina Suggia
(variações sobre um retrato)
1.
No escarlate do vestido
entre os joelhos avulta
o versátil companheiro
que em voz grave lhe responde
desde esse Porto marítimo
da infância, muito antes
da era dos petroleiros e
da boçalidade dos banhistas.
2.
O arco descreve
o intenso itinerário
de Leipzig a Paris,
de Berlim a Varsóvia,
o fascínio dos palcos, o
secretismo dos camarins,
na arritmia do pulso
que o fulgor persegue.
3.
Num crescendo vibrátil
desenha o andamento,
seus motivos ascendentes de
harmónica tensão. E na pausa
final, que um ímpeto antecede
o arco se suspende
augúrio e êxtase.
4.
No atelier londrino
de Mallord Street,
o pintor fixa o instante
de uma metamorfose.
Na tela cresce a silhueta
unida ao Stradivarius,
num corpo mútuo
de exótica mariposa,
olhos cerrados no meridional
abraço. Nem Pablo,
o virtuoso, nem qualquer outro
amante, desatará jamais
esse abraço sem fim.
Inês Lourenço, A Enganosa Respiração da Manhã, Asa Editores, 2002, Porto
Nota: O poema tem como referente o quadro de Augustus John(1879-1961), do post anterior.
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Dia Internacional da Mulher
sábado, 7 de março de 2009
Prémio Internacional Suggia/Fundação Casa da Música
Ontem dia 6 de Março, a jovem violoncelista alemã Konstanze Von Gutzeit da Universität der Künste Berlin, venceu a 1.ª edição deste Prémio Internacional.
Interpretou no Concerto dos Finalistas, com a Orquestra Nacional do Porto, dirigida pelo maestro Alexander Shelley, o Concerto para violoncelo e orquestra em Si menor, op. 104 de Antonín Dvorák.
(uma das lendárias interpretações de Suggia)
Finalmente, a cidade que a viu nascer (1885), onde teve residência (Rua da Alegria) e onde se encontra sepultada (Cemitério de Agramonte), (1950), ultrapassa inércias e e imobilismos para alinhar com outros centros musicais europeus, no culto ao legado e ao nome de Guilhermina Suggia, para o que, um grande concurso internacional de violoncelo (com um nome que tanto nos internacionalizou), se torna indispensável.
quarta-feira, 4 de março de 2009
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Não mais, Musa, não mais, que a lira tenho
Destemperada e a voz enrouquecida;
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho
Não no dá a pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
De uã austera, apagada e vil tristeza.
145, canto X - Os Lusíadas
Luís de Camões
Não mais, Musa, não mais, que a lira tenho
Destemperada e a voz enrouquecida;
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho
Não no dá a pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
De uã austera, apagada e vil tristeza.
145, canto X - Os Lusíadas
Luís de Camões
segunda-feira, 2 de março de 2009
Não é logro. É só o melhor Primeiro Ministro da nossa ainda imperfeita Democracia.
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http://www.socrates2009.pt
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