sábado, 31 de janeiro de 2009

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

SÓCRATES o grande prevaricador

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Prefiro, de longe, ser governada por este "suspeito", do que por algum dos fariseus e "virgens" ressabiadas, que, ad nauseam, o tentam diminuir.

Sobre a mercenária e vergonhosa cena mediática e as ofensas e bicadas dos comentadores e cronistas "independentes", tenho comentado em alguns blogues, nomeadamente no Mar Salgado, que muito se tem ocupado desta lamentável intriga.

Assim, estes LOGROS, não se deixam lograr por temas sectários e malévolos. Este tema não se inclui nos LOGROS CONSENTIDOS.

Uma "tramóia", como diz Eduardo Pitta, no Da Literatura.

No próximo post continuaremos, como no antecedente: em poesia.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Eugénio de Andrade - 19 de Janeiro de 1923

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OS SULCOS DA MEMÓRIA

O rumor do pulso, a lentidão
do mar
na dobra do lençol,
as inumeráveis
vozes do verão em ruína

- a carícia hesita entre os olhos
e a mão

Eugénio de Andrade

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

UM PASTOR VERDADEIRO

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Grande Cardeal José Policarpo, que paternal e informalmente, se preocupa com o estatuto civilizacional e ocidental da mulher portuguesa.

Não é costume ver hierarcas da Igreja Católica Apostólica Romana, preocuparem-se com tais ínfimas questões.

A benção!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Progenitor e/ou pai?

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Progenitor e pai nem sempre coincidem.

Legar o material genético, não significa, nem nunca significou, na prática social, cuidar, proteger, alimentar, educar.
Quando será que as leis portuguesas se actualizam, humanizam, "des-hipocritam"?

houve "actualização" para safar os vips da Casa Pia?
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Todos os poetas são judeus.

Marina Tsvetaeva (1892-1941)


domingo, 4 de janeiro de 2009

Em arquivo: poema inédito de António Ramos Rosa (1988)






Tu percorres a lentidão espessa das palavras
e do mundo. Conheces o segundo lado
do tempo. A tua concentração é vegetal.
Simplicidade do ser. Glória incandescente.
Iniciadora sem hierarquias, desces por uma espiral
até ao tacto absoluto do corpo.
Pedra ou perspectiva entre morte e abismo.
Recortas as minúcias como um amante sem luvas
e entre dentes e espadas cantas a cor da pedra.
Ou é o olho da terra que tu lambes ou o sangue que gira.
Não, a tua sombra não é dura como um bloco
ou como uma cadeira tremendo: a sua massa grande
é poderosa, mas eu vejo-a como uma tela húmida
e percorro os seus fios verdes, os seus peixes luminosos.
Entre a espuma e a lama, na densidade azul
queimas a tua boca num diamante incandescente
e aproximas o rosto da noite cega e redonda
até que no teu peito as estrelas transpareçam.


António

1988