sexta-feira, 25 de junho de 2010

Quadra Sanjoanina


Cavaco - diz São João -
Tu nem brasa sabes ser.
És uma pobre versão
Do País a entristecer.
(Pop)

sábado, 19 de junho de 2010

Pintura da Manuela Agostinho (Abracadabra / Magazine)















Que faremos com esta tralha?

















«apeilê», H2óleo s/ tela, 73X60, Carcavelos, 2009

















«encantatória» (LNJ), H2óleo s/tela, 73X60, Carcavelos, 2009

















«nikê»,óleo s/tela, 100X81, Lisboa, 2004













«prenúncio», óleo s/tela, 89X116cm, Lisboa, 2004

sexta-feira, 18 de junho de 2010

José Saramago (16 nov 1922 - 18 jun 2010)

A História não diz a verdade. A Literatura, sim.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Tenho "ouvisto"

A transferência de todas as expectativas e da identidade nacional para o torneio mundial da bola é deveras interessante. Até essa dos "navegadores" não escapou, quando se sabe, historicamente, que os genoveses e os venezianos foram ainda mais percurssores que os tugas nas artes de marear.

Tanto se exalta o Português, mas o heróis da coisa atropelam comicamente a língua pátria. Claro que, enquanto se gasta a infância e a juventude nas acrobacias do chuto, não se chega para o resto... Assim, duas vedetas, como se diz, "a nível planetário", em pequenos flashes televisivos, adiantaram: "que póssamos" (Nani) e "tenho ouvisto dizer" (Coentrão).

Quanto aos verbos reflexos de Ronaldo e companhias é melhor não enumerarmos, senão não saíamos daqui.

Claro que daqui a um ou dois séculos, se o Planeta ainda continuar, outras jogatainas surgirão para transferir os orgulhos nacionais.

domingo, 13 de junho de 2010

A 13 de Junho

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Esta data é, singularmente, atreita a nascimentos de futuros poetas:

William Butler Yeats (Irlanda, 1865)

Fernando António Nogueira Pessoa (Portugal, 1888)

J0aquim Manuel Magalhães (Portugal, 1945)


E há uma morte física:

Eugénio de Andrade, 2005

terça-feira, 8 de junho de 2010

Louise Labé (1924-1966)


Por sugestão de um blogue amigo, que a refere num comentário, aqui deixo uma breve evocação da poeta e feminista francesa do século XVI, Louise Labé.

É chegado o tempo, Mademoiselle, em que as leis inflexíveis dos homens não mais impedirão as mulheres de se devotarem às ciências e disciplinas; parece-me que aquelas que forem capazes, irão empregar esta honrada liberdade, a qual nosso sexo outrora tanto desejava, em estudar estas coisas e mostrar aos homens o mal que causaram em nos privar do benefício e da honra que daí poderiam nos advir. E se alguém chega ao estágio no qual seja capaz de pôr suas idéias no papel, deveria fazê-lo com muito intelecto e não deveria desprezar a glória, mas adornar-se com ela antes do que com correntes, anéis e roupas suntuosas, as quais não podemos considerar realmente como nossas exceto pelo costume. Mas a honra que o conhecimento nos trará, não nos pode ser tomado – nem pela astúcia de um ladrão, nem pela violência de inimigos, nem pela duração do tempo.

- Parágrafo de uma carta enviada por Louise Labé a uma amiga, Mademoiselle Clemence de Bourges, em Lyon, a 24 de Julho de 1555, onde a "Bela Cordoeira" (como era conhecida) defende alguns de seus pontos de vista. (versão Wikipédia brasileira)

sexta-feira, 4 de junho de 2010

E. M. Cioran

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A minha capacidade de ser desiludido ultrapassa o entendimento. É ela que me faz compreender Buda, mas é ela também que me impede de segui-lo.


Do Inconveniente de Ter Nascido, Gallimard,1973, Paris
tradução de Manuel de Freitas, Livraria Letra Livre, 2010, Lisboa

E. M. CIORAN

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