terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Entre o ar e a perfeição



Sofia Lourenço, piano/ Monika Streitová, flauta para flauta, piano e electrónica

Auditório de Serralves

Janeiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Os violadores "revolucionários" do Cairo

Lara Logan, correspondente da CBS e repórter de ‘60 Minutos’, foi sexualmente agredida quando fazia a cobertura dos festejos na praça Tahrir, no Cairo, após a renúncia do presidente egípcio Hosni Mubarak, na passada sexta-feira.
Logan, 39 anos, casada e mãe de duas crianças, separou-se da sua equipa ao ser rodeada por uma multidão de cerca de 200 pessoas. Na confusão, foi agredida e "sofreu um ataque sexual brutal e ininterrupto", revelou a CBS em comunicado. A agressão durou entre 20 e 30 minutos, tendo a repórter sido salva por um grupo de mulheres e militares. Na manhã seguinte, regressou aos EUA, onde deu entrada no hospital. A jornalista recupera agora em casa.
Márcia Rodrigues, editora de política internacional da RTP e enviada ao Cairo, não ficou surpreendida. "Nessa noite, eu e o Carlos Matias [repórter de imagem] fomos ameaçados. No meio da multidão, dois indivíduos vieram ter connosco dizendo: ‘Go! Go! Go!’ [Vão! Vão! Vão!], ao mesmo tempo que faziam o gesto de cortar a cabeça. Fizemos a reportagem e saímos dali", conta a repórter, que nunca se sentiu tão ameaçada.
"Não sendo um cenário de guerra, nunca pensei que fosse tão perigoso. De tal forma que os jornalistas tiveram de ser retirados do hotel e protegidos por colunas militares, porque os manifestantes disparavam sobre as janelas." Márcia Rodrigues revela que apanhou vários sustos no Egipto. "Eles cercavam-nos, agarravam--nos, tiravam-nos os microfones. Uma vez fiquei presa no meio da multidão, quase a sufocar. Fui salva por um manifestante, que me atirou para o outro lado da cerca. Tive muita sorte." 
(Fonte: Correio da Manhã)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Democracia?

Antes de terem a lata de falar em Democracia, apercebam-se do horror de certos regimes arcaicos, onde impera o poder patriarcal e teocrático. Primeiro urge anular esses poderes iníquos e bárbaros.
Isto nem a um animal se faria e nenhuma condenação à morte resgataria tamanha monstruosidade.
Bibi Aisha tinha dezoito anos quando teve a infeliz ideia de se queixar de maus tratos conjugais.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Fobias?


 Há poucos dias ouvi um senhor do BE verberar a "islamofobia" que grassava por aí. É um vocábulo que ainda não conhecia. É caso para perguntar ao cavalheiro se não é legítimo ter mais que fobia, ou seja, horror a estas práticas tão disseminadas no mundo islâmico e até, nas comunidades que emigram para a Europa, incluindo Portugal.
Isto para já não falar de outros "multiculturalismos" humilhantes e subalternizantes em matéria de direitos humanos, para o género feminino.
É absolutamente hipócrita e até nojenta, a impassividade dos numerosos comentadores das recentes movimentações no mundo mulçumano, a encher a boca com a palavra democracia, sem fazer a mínima alusão à situação das cidadãs desse mundo. Haverá democracia digna desse nome, que possa coexistir com costumes bárbaros e atávicos? E são logo os senhores do BE (e as senhoras?) que vêm falar de islamofobia?
A cegueira anti-americana e anti-Ocidente, Ocidente esse de que afinal fazem parte e sem cuja tradição libertária não poderiam expressar as suas bravatas, é de tal forma obnibuladora, que apetece mandá-los emigrar para essas civilizações, contrairem uniões com senhoras veladas da cabeça aos pés e terem meninas que, aos nove anos, sejam brutalmente mutiladas para toda a vida.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

"Que parva que eu sou"

Anda muita gente entusiasmada com esta canção que ainda nem sequer foi gravada, do grupo Deolinda: Que parva que eu sou. Embora o grupo tenha criado um estilo próprio, o que é sempre de louvar, a letra deste pseudo-hino da geração nem-nem (nem trabalham, nem estudam), incluindo os recém-licenciados, que tiraram carta de condução aos dezoito anos e têm dinheiro para ir aos espectáculos do grupo, é um pouco cretina. Então aquela passagem "até para ser escravo é preciso estudar", é bem exemplificativa da rasisse mental do dito pensamento geracional. Como se as gerações anteriores não tivessem de estudar para se "escravizarem" a trabalhos repetitivos, mal remunerados, sem regalias sociais, sem coffee-breaks, sem pontes coladas aos feriados e fins-de-semana, etc., etc.
Será que só se estuda para arranjar emprego? E então os enormes parvos que estudam por amor ao saber e para entenderem quem são e o que andam a fazer neste mundo? Será que um músico, um atleta, um trabalhador da construção civil, também não são, a seu modo, escravos de uma rotina e de um programa de vida?
Muitos pais e muitíssimos avós desta desgraçada "geração Deolinda", não puderam sequer estudar e, como não havia Estado Social, ainda tinham que sustentar os pais na velhice destes, e não viver à pala deles. Passa-lhes lá pela cabeça o que era um mundo sem torneiras de água quente em casa, proibições e anátemas de todo o género, sem McDonalds nem discotecas. Era frequente o jovem que arranjava o primeiro emprego, entregar aos pais o ordenado mensal, ficando só com um pequeno dinheiro de bolso.
Isto já para não falar no actual progresso do ambiente social, situação da mulher, etc., etc.
Logo, isto é mais uma cançãozinha de esquerda-caviar, a armar aos cucos. Perguntem aos avós e aos pais, e aprendam alguma coisa da história do País.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Ditaduras laicas ou teocracias?

Entre umas e outras, venha o Diabo e escolha. Até nem sei se as segundas, as teocracias, não serão mais difíceis de suportar. Isto porque, nas ditaduras laicas, ainda se pode clamar contra a infracção dos Direitos Humanos ou supressão da liberdade de expressão ou outros direitos cívicos, próprios da sociedade civil. Porém, nas teocracias, defrontamo-nos com leis divinas, que estão desde sempre regulamentadas e que nenhum tribunal internacional dos direitos humanos pode contestar ou julgar.
Anda para aí muita gente entusiasmadíssima com as revoltas islâmicas, mas não se esqueçam que 40 por cento dos egípcios vive com menos de dois euros e meio por dia, o que deixa campo de manobra e evangelização para os irmãos muçulmanos lavarem o cérebro aos rapazinhos (sempre os rapazes) nas escolas corânicas, em troco de alimentação e agasalho.
Portanto, é de recear que, apesar da vertente sunita em maioria no Egipto, este país se transforme numa espécie de novo Irão, onde a seguir à queda do Xá, também se clamou por revolução e queda de corruptos. Lá vão aparecer as chárias e as fatwas e todo o cortejo dantesco de valores e leis arcaicas, apesar das internets e dos facebooks, muito fáceis de interceptar.
Quem poderá acreditar em valores democráticos, vindos de juventude educada em escolas corânicas? As elites, educadas no Ocidente, nada vão poder contra muitos milhões islamizados.
Finalizo lamentando que tão poucos comentadores se refiram à miserável situação das mulheres nestas culturas. Esta revolta não parece de bom augúrio para as cidadãs islâmicas. Se Alá quisesse que andassem toda a vida de cara tapada, certamente teria criado embriões femininos com burka.