sábado, 30 de agosto de 2008
A morte-fêmea em Portugal ?
Desde o início deste ano de 2008, trinta e cinco (35) mulheres já foram mortas, em Portugal, pelos maridos ou companheiros e verificaram-se mais vinte e oito (28) tentativas de assassínio.
(dos jornais)
PS- Uma das últimas vítimas, foi baleada na via pública, quando levava um filho de meses, ao colo.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
"Pelo Deserto as Minhas Mãos"
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Ninguém sabe como começa
o irrefreável movimento dos mercadores, esse burburinho forte
quando pelo chão espalham os seus produtos
Ninguém sabe como no azul das camionetas se amontoam tantas
coisas incríveis: homens, cestos, galinhas...é uma enchente ao
despique com o vagido dos dromedários, com os gritos dos berberres
a quem só vejo os olhos
E vêm também uns jograis do outro lado do Mediterrâneo:
cabriolam, mimam actos desconexos, tecem imagens a seu bel-
prazer em poemas curtos e de rápido efeito
Ninguém sabe como começa
o instante em que me aproximo: calado, nu, completamente
indefeso. Frente ao turbilhão - eu, com todas as mazelas à mostra;
eu, pequena Viagem dentro de outra bem maior. Mas que
importância tem esta incauta leveza se estou apenas de passagem?
Victor Oliveira Mateus, Pelo Deserto As Minhas Mãos, Coisas de Ler, Edições Ld.ª, Carcavelos, 2004
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
"Unzipped" ?
Uma apócrifa biografia de Marlon Brando, tipo tablóide, saiu há cerca de 2 anos, em livro, nos U. S. A.. A sua publicação anuncia-se para breve, em Portugal. Parece, desde o título original, completamente centrada nas zonas genitais do lendário actor e actividades atinentes. Um suplemento cultural de um diário português, de referência, fez-se eco alvoroçado e publicitário, dessa próxima edição, com honras de capa, profusas páginas e fotos, mais uma "séria" entrevista ao alcoviteiro da braguilha. Devo acrescentar que unzipped e braguilha, são palavras lá bem evidenciadas. Não são minhas. No meio disto, há depoimentos, cá do reino, com alguns parágrafos interessantes: duma coreógrafa, duma realizadora de cinema, dum encenador, dum actor.
Embora alguns tenham posto a tónica na qualidade iconográfica e de subversão existencial de M. Brando, andou tudo muito à volta do fascínio sensual e sexual do dito.
Ninguém referiu que morreu com 80 anos, que casou 3 vezes, que foi pai biolóigico 5 e adoptivo 3. Não! Porque as "novidades" da tal biografia andam todas à volta de fellatios e omnívoras bissexualidades. O autor (americano) de tais descobertas, vai coleccionamdo "revelações" à custa de conversas bem regadas com velhas glórias de Holywood, já passadas de prazo neuronal. Ele próprio confessa que tem que ir a casa de Joan Fontaine "antes que ela morra".
Marlon Brando foi um dos ídolos da minha juventude . Não se esquece Um Eléctrico Chamado Desejo ou Há Lodo no Cais. As miudas da minha idade gostavam todas do Tony Curtis, que era um galã de série B. Só eu adorava o Marlon, que elas não entendiam, por os filmes serem "pesados". Foi ele que me ajudou a descobrir que a glória do western americano é o genocídio dos povos índios. Foi ele que recusou um Óscar da Academia.E que fez de Coreolone em O Padrinho. Só que neste filme, duma idade mais madura, os furores alcoviteiros, já não lembram.
Logo, os seus fellatios, os e as amantes de ocasião, interessam-me tanto como a marca dos pensos higiénicos que usava a Marilyn Monroe.
Voltarei a este tema, se vier a talho de fouce. Há outras implicações.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Ossétias, Geórgias,Rússias, Natos, Bush(s)...
Exércitos, tanques, refugiados, mortos, feridos, aldeias arrasadas..
Enclaves e desfiladeiros disputados devido a combustíveis fósseis e ódios étnicos medievais.
Também é isto a Europa?
A "civilizada" Europa?
A tal do Kosovo e da Sérvia?
Mas, realmente, à beira das monstruosidades do Iraque, do Afeganistão e da Palestina, estas "escaramuças", para os Donos das Guerras, devem ser pequenos trocos...
sábado, 9 de agosto de 2008
poesia "delicada" ?
E mais: a poesia não é necessariamente «delicada», como foi sugerido, remetendo para uma ideia há muito ultrapassada de poesia. Hoje não o é com certeza: veja-se a poesia de Manuel de Freitas, veja-se a ironia cortante de Pedro Tamen, toda a «poesia da experiência» das últimas décadas. (...)
João Barrento, aqui
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Alexander Soljenitsine (1918-2008)
terça-feira, 5 de agosto de 2008
"Modificadores"???
Em conversa de Férias, com uma amiga, professora de Português numa das Secundárias da cidade, soube da recente nomenclatura (mais uma da TLEBS) para os adjectivos, que passaram a chamar-se "modificadores"...
Claro que é fácil de entender a perniciosa confusão que se estabelecerá na mente dos alunos, ao aprenderem outras línguas (o Francês ou o Inglês) onde l'adjectif e the adjective, não tiveram industriosos e lúcidos crânios pedagógicos a brincar às terminologias gramaticais.
-Mas essa gente ainda andará pelos Generativismos do sr. Chomsky, já desactualizados, pelos maus frutos que deram em árvores e sintagmas?
-Pois, disse ela. Não sabe que as coisas aqui ainda acontecem com 20 anos de atraso?
-Ou seja, concluímos: quando os outros estão a tirar, nós estamos a pôr.