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Um poema de Manuel de Freitas (n. 1972), incluído nesta última edição. A este poeta se devem, além da sua já muito considerável (e marcante) obra, também esta singular publicação e as edições Averno.
FORTINBRAS SAYS
Que estão nus, não valem nada
os poetas aclamados pela plebe
- o que é, infelizmente verdade.
Que já vai sendo hora de bebermos
juntos um Jim Beam Black
- o que é, de outra maneira, verdade.
Que a canalha crítica, académica,
jornaleira ou mediática muito dificilmente
se consegue furtar ao grande peido geral.
E é verdade, também,
que morreram príncipes e princesas,
que já não há palavras
no reino deserto das palavras.
É tudo tão verdade, Fortinbras,
que nos apetece mentir com dignidade,
espancar sem decoro as bestas que progridem.
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4 comentários:
Pois está bem, ó manuelino.
Porém não me parece a morte assim coisa tão fora da vida que não mereça a própria continuação.
Será pretexto de lágrimas e porras e outros bestiários.
Mas que siga o baile até à mazurca do próximo leirião.
manuelinamente,
Inês, que silêncio!
Amanhã vou ver se a apanho no Macau! lol
Querida amiga,
Tenho tido problemas com o software; ops holofotes também não ajudam ; ando a poupá-los para amanhar o livreco.
Bjinhos
I.
Então tá perdoada (volta pra casa!)
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