segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Telhados de Vidro n.º 13, Nov. 2009 - Edições Averno

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Um poema de Manuel de Freitas (n. 1972), incluído nesta última edição. A este poeta se devem, além da sua já muito considerável (e marcante) obra, também esta singular publicação e as edições Averno.


FORTINBRAS SAYS

Que estão nus, não valem nada
os poetas aclamados pela plebe
- o que é, infelizmente verdade.

Que já vai sendo hora de bebermos
juntos um Jim Beam Black
- o que é, de outra maneira, verdade.

Que a canalha crítica, académica,
jornaleira ou mediática muito dificilmente
se consegue furtar ao grande peido geral.

E é verdade, também,

que morreram príncipes e princesas,
que já não há palavras
no reino deserto das palavras.

É tudo tão verdade, Fortinbras,
que nos apetece mentir com dignidade,
espancar sem decoro as bestas que progridem.

4 comentários:

samartaime disse...

Pois está bem, ó manuelino.
Porém não me parece a morte assim coisa tão fora da vida que não mereça a própria continuação.
Será pretexto de lágrimas e porras e outros bestiários.
Mas que siga o baile até à mazurca do próximo leirião.

manuelinamente,

samartaime disse...

Inês, que silêncio!
Amanhã vou ver se a apanho no Macau! lol

logros disse...

Querida amiga,

Tenho tido problemas com o software; ops holofotes também não ajudam ; ando a poupá-los para amanhar o livreco.

Bjinhos

I.

samartaime disse...

Então tá perdoada (volta pra casa!)