quinta-feira, 26 de abril de 2012

Relâmpago - Revista de Poesia - Nº 28


DOIS CIMBALINOS ESCALDADOS




Não sei, meu amigo, o que

irradiava mais calor, se

a chávena escaldada, se

o cimbalino fervente, se

as conversas sobre livros de poesia

que nesse tempo, ainda

acreditávamos ser a maior

razão



Curto, normal, cheio

o cimbalino, esse negro odor

com moldura branca

numa mesa de café, na cidade

onde habitávamos desde sempre.



I.L.


In 7 Poemas, pág. 168.

Sem comentários: