domingo, 25 de setembro de 2011

ANNE SEXTON


ANNE SEXTON (Newton, 1928 – Weston, 1974) foi uma notável poetisa americana conhecida principalmente pela sua poesia de forte pendor confessional, através da qual abordou temas invulgares como a depressão, de que padecia, e as suas próprias tendências suicidas, bem como assuntos igualmente pouco frequentes na poesia americana à altura como a biologia intíma da mulher. Sexton venceu o Pulitzer em 1967. Tal como Sylvia Plath, foi aluna de Robert Lowell, um mestre da poesia confessional. Suicidou-se a 4 de Outubro de 1974, após um almoço com a sua amiga Maxine Kumin, onde estivera a rever o seu manuscrito The Awful Rowing Toward God, que viria a ser publicado em Março do ano seguinte. Regressando a casa, vestiu o casaco de peles da mãe e fechou-se na garagem com o automóvel ligado.


Eis, em mais uma excelente tradução e colaboração de Jorge Sousa Braga para o Poesia Ilimitada, cinco poemas de Anne Sexton.

IN CELEBRATION OF MY UTERUS

Everyone in me is a bird.
I am beating all my wings.
They wanted to cut you out
but they will not.
They said you were immeasurably empty
but you are not.
They said you were sick unto dying
but they were wrong.
You are singing like a school girl.
You are not torn.

Sweet weight,
in celebration of the woman I am
and of the soul of the woman I am
and of the central creature and its delight
I sing for you. I dare to live.
Hello, spirit. Hello, cup.
Fasten, cover. Cover that does contain.
Hello to the soil of the fields.
Welcome, roots.

Each cell has a life.
There is enough here to please a nation.
It is enough that the populace own these goods.
Any person, any commonwealth would say of it,
“It is good this year that we may plant again
and think forward to a harvest.
A blight had been forecast and has been cast out.”
Many women are singing together of this:
one is in a shoe factory cursing the machine,
one is at the aquarium tending a seal,
one is dull at the wheel of her Ford,
one is at the toll gate collecting,
one is tying the cord of a calf in Arizona,
one is straddling a cello in Russia,
one is shifting pots on the stove in Egypt,
one is painting her bedroom walls moon color,
one is dying but remembering a breakfast,
one is stretching on her mat in Thailand,
one is wiping the ass of her child,
one is staring out the window of a train
in the middle of Wyoming and one is
anywhere and some are everywhere and all
seem to be singing, although some can not
sing a note.

Sweet weight,
in celebration of the woman I am
let me carry a ten-foot scarf,
let me drum for the nineteen-year-olds,
let me carry bowls for the offering
(if that is my part).
Let me study the cardiovascular tissue,
let me examine the angular distance of meteors,
let me suck on the stems of flowers
(if that is my part).
Let me make certain tribal figures
(if that is my part).
For this thing the body needs
let me sing
for the supper,
for the kissing,
for the correct
yes.


EM CELEBRAÇÃO DO MEU ÚTERO

Tudo em mim é um pássaro.
Adejo com todas as minhas asas.
Queriam extirpar-te
mas não o farão.
Diziam que estavas incomensuravelmente vazio
mas não estás.
Diziam que estavas doente prestes a morrer
mas estavam errados.
Cantas como uma colegial
Tu não estás desfeito.


Doce peso,
em celebração da mulher que sou
e da alma da mulher que sou
e da criatura central e do seu prazer
canto para ti. Atrevo-me a viver.
Olá, espírito. Olá, taça.
Fixar, cobrir. Cobre o que contém.
Olá, terra dos campos.
Bem-vindas, raízes.


Cada célula tem uma vida.
Há aqui bastantes para satisfazer uma nação.
Chega que a populaça possua estes bens.
Qualquer pessoa, qualquer grupo diria:
Está tudo tão bem este ano que podemos plantar de novo
e pensar noutra colheita.
Uma praga tinha sido prevista e foi eliminada.
Por isso muitas mulheres cantam em uníssono:
uma numa fábrica de sapatos amaldiçoando a máquina,
uma no aquário cuidando da foca,
uma aborrecida ao volante do seu FORD,
uma cobradora na portagem,
uma no Arizona enlaçando um bezerro,
uma na Rússia com uma perna de cada lado do violoncelo,
uma trocando panelas num fogão no Egipto,
uma pintando da cor da lua as paredes do quarto,
uma no seu leito de morte mas recordando um pequeno almoço,
uma na Tailândia deitada na esteira,
uma limpando o rabo ao seu bebé,
uma olhando pela janela do comboio,
no meio do Wyomming e uma está
em qualquer lado e algumas estão em todo o lado e todas
parecem estar cantando, embora haja quem
não possa cantar uma nota sequer.

Doce peso
em celebração da mulher que sou
deixa-me levar uma echarpe de três metros,
deixa-me tocar o tambor pelas que têm dezanove anos,
deixa-me levar taças para oferecer
(se é isso o que me toca).
deixa-me estudar o tecido cardiovascular,
deixa-me calcular a distância angular dos meteoros,
deixa-me chupar o pecíolo das flores
(se é isso o que me toca).
Deixa-me imitar certas figuras tribais
(se é isso o que me toca).
Pois o corpo preciso disso,
que me deixes cantar
para a ceia,
para o beijo,
para a correcta
afirmação.



§



DREAMING THE BREASTS

Mother,
strange goddess face
above my milk home,
that delicate asylum,
I ate you up.
All my need took
you down like a meal.


What you gave
I remember in a dream:
the freckled arms binding me,
the laugh somewhere over my woolly hat,
the blood fingers tying my shoe,
the breasts hanging like two bats
and then darting at me,
bending me down.

The breasts I knew at midnight
beat like the sea in me now.
Mother, I put bees in my mouth
to keep from eating
yet it did no good.
In the end they cut off your breasts
and milk poured from them
into the surgeon's hand
and he embraced them.
I took them from him
and planted them.


I have put a padlock
on you, Mother, dear dead human,
so that your great bells,
those dear white ponies,
can go galloping, galloping,
wherever you are.



SONHANDO COM SEIOS


Mãe,
estranho rosto de deusa
sobre a minha casa de leite,
esse delicado asilo,
devorei-te.
Todas as minhas necessidades tragaram-te
como se fosses comida.


O que me deste
recordo-o num sonho:
os braços sardentos envolvendo-me,
o riso algures sobre o meu chapéu de lã,
os dedos de sangue atando os meus sapatos,
os seios suspensos como dois morcegos,
precipitando-se depois sobre mim,
até me dobrar.


Agora os seios que conheci à meia-noite
batem em mim como o mar.
Mãe enchi a boca de abelhas
para evitar comer
e isso não foi nada bom para ti.
Finalmente amputaram os teus seios
e o leite derramou-se
nas mãos do cirurgião
e ele abraçou-os
e eu retirei-lhos
e plantei-os.


Coloquei-te um cadeado,
mãe, querida morta humana,
para que as tuas grandes campânulas,
aqueles queridos póneis brancos,
possam galopar, galopar,
aonde quer que estejas.




Fonte:  Poesia &Lda   (onde poderão ler estes dois poemas e os outros três referenciados na nota introdutória, e  igualmente fabulosos, desta poetisa raramente divulgada. Obrigada ao Poesia Ilimitada e ao tradutor exemplar.)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mais um filme à Vitorio de Sica

A pedalar para salvar a comida do lixo
e matar a fome envergonhada



O projecto Re-Food nasceu numa das zonas nobres de Lisboa, onde a carência
alimentar se esconde atrás das aparências. Cerca de 50 voluntários estão a
lutar contra o desperdício e querem chegar a toda a cidade.

No "centro de operações" chamam-lhe Maria Clandestina. É como um código. O seu
nome verdadeiro está escrito no post-it amarelo colado ao saco cheio de
embalagens com comida. São quase 21h. Hunter Halder pega no saco e vai a pé até
ao prédio onde ela mora. Já lá está o alguidar, com o saco de embalagens vazias,
do dia anterior. A troca dos sacos é feita discretamente, num local escondido,
em poucos segundos. A mulher, com os seus 80 anos, vai buscar a "encomenda" mais
tarde. O ritual, que parece uma operação secreta, repete-se todas as noites.

A cena até poderia passar-se num bairro pobre de Lisboa, mas não. Maria
Clandestina mora na freguesia de Nossa Senhora de Fátima, nas Avenidas Novas,
uma das zonas nobres da capital. O salário que recebe como porteira não chega
para pôr o jantar na mesa todos os dias, mas a vergonha da pobreza é quase maior
do que a fome. "Disse-me que precisava de ajuda, mas não queria que os vizinhos
soubessem. Preferia morrer", conta Hunter.

"Aqui há muita fome envergonhada", lamenta o consultor norte-americano de 60
anos, a viver há 20 em Lisboa. Inspirado pela campanha do piloto António Costa
Pereira, que há um ano lançou uma petição contra o desperdício alimentar, Hunter
pôs mãos à obra e montou, com a ajuda do filho Christopher Halder, uma "operação
de resgate de comida", assente em duas evidências: todos os restaurantes têm
sobras, comida boa que normalmente vai para o lixo, e há cada vez mais pessoas
carenciadas, a quem o desemprego bateu à porta ou cujo salário não chega para
comer. "Só é preciso que alguém faça a ponte entre as duas realidades."

Desde Março que Hunter está a construir essa ponte, através da Re-Food 4 Good, a
associação que criou para pôr no terreno o projecto Re-Food (diminutivo para
rescuing good food, ou seja, salvar comida boa). Hoje, o projecto é "alimentado"
por cerca de 50 voluntários. Todos trabalham por uma causa: combater o
desperdício alimentar e matar a "fome urbana". Estão a fazê-lo, para já, numa
zona piloto com sete quarteirões na freguesia de Nossa Senhora de Fátima, onde
identificaram perto de 70 pessoas carenciadas. Em seis meses distribuíram - de
bicicleta sempre que possível -mais de seis mil refeições doadas por 31
restaurantes, cafés, cafetarias e pastelarias daquela área.

O objectivo é alargar o projecto a outras zonas da cidade e transformar Lisboa
na "primeira cidade sem desperdício alimentar". Os 21 mil euros que receberam do
Prémio Voluntariado Jovem Montepio (eram 25 mil, mas distribuíram 1000 por cada
um dos outros quatro finalistas), atribuído pela Fundação Montepio e a Lusitania
- Companhia de Seguros, vão ajudar no plano de expansão.



Pesadelo da sopa entornada



José Viegas, de 54 anos, é quase sempre o primeiro voluntário a chegar à antiga
loja que serve de sede ao Re-Food -antes ficava na cantina da Igreja de Nossa
Senhora de Fátima e agora está temporariamente instalado na Av. Conde de Valbom.
A porta abre pouco antes de começar a primeira recolha de comida nos
estabelecimentos, das 19h às 20h, e só fecha lá para a meia-noite, depois da
distribuição e de outra ronda pelos restaurantes, das 22h às 23h. José fica até
ao fim, enérgico como se estivesse a começar o dia. Mas o trabalho dele começou
cedo, ao almoço, no quiosque ao lado da igreja. "Faço comida para os sem-abrigo.
Costumam ser uns 30, mas hoje apareceram 50. Só aqui na freguesia, há 100."

No pequeno espaço da sede as prateleiras estão repletas de sacos e embalagens de
plástico, vazias ou cheias de sopa, bem tapadas. "Sopa entornada é o nosso pior
pesadelo", diz Hunter, lembrando as vezes que entornou sopa na bicicleta que usa
para fazer a recolha nos restaurantes mais afastados. A bicicleta é mesmo a
imagem de marca do Re-Food. Tem um cesto forrado a plástico amarelo instalado à
frente e outro atrás. No início, foi a pedalar que Hunter promoveu a ideia. "As
pessoas ficavam curiosas ao ver um homem com um chapéu de palha na cabeça, a
conduzir uma bicicleta com dois cestos cheios de sacos", conta, a rir. Alguns
curiosos tornaram-se voluntários, como o senhor Lemos, de 74 anos, que empresta
o carro para a distribuição nos bairros mais distantes.A recolha começa a pé.
Hunter vai até ao primeiro restaurante. Entra pela porta dos fundos que vai dar
à cozinha e logo uma das funcionárias, Maria de Jesus, pega nas caixas que já
pôs de lado. Três embalagens de sopa, quatro com arroz, peixe e carne, salada.
"Para nós é um alívio. Deitávamos muita coisa fora, porque a crise toca a todos
e já tivemos mais freguesia", lamenta. O desabafo vai-se repetindo durante a
recolha, à qual se junta Catarina, outra voluntária, de 16 anos. São precisas
quatro mãos, há comida para levar em todos os estabelecimentos.

A tarefa seguinte é encher os sacos, verdadeiros cabazes alimentares adaptados a
cada família, com sopa, prato principal, fruta e pão ou bolos. José já nem olha
para a tabela onde estão escritas as preferências de cada "cliente". Sabe-as de
cor. "A Ana Paula não gosta de bacalhau, fica com borbulhas na cara. Outra é
diabética. Outra não quer fritos."

O carro do senhor Lemos, que arranca com a mala cheia por volta das 20h15, vai
até ao Bairro de Santos. No caminho, o rádio debita o jogo entre o Manchester
United e o Benfica, clube pelo qual torce Catarina. Não preferia estar a ver o
jogo? "É mais importante levar comida a estas pessoas que não têm nada. Ainda
não veio aqui, pois não? Já vai perceber."O carro pára ao pé da Escola Primária
n.º 44, onde espera meia dúzia de mulheres com crianças pela mão. Aproximam-se,
fazem fila, algumas queixam-se do jantar da véspera. "Vocês não têm culpa, mas é
só para avisar", diz uma delas - cabelo apanhado, bem vestida, cigarro na mão -
falando da sopa que chegou azeda. Fábio, o filho de Ana Paula, de sete anos, já
jantou, mas ela não. Depois de uns minutos de conversa, vai para casa com o saco
cheio e um "até amanhã".

São 21h. No Bairro do Rego está um casal de idosos que ainda não jantou. Os
voluntários sobem ao primeiro andar do prédio sem luz nas escadas - os
interruptores foram arrancados das paredes sujas. A mulher abre a porta e Hunter
deixa o saco da comida na cozinha. A visita é rápida, ainda há mais uma paragem
a fazer.

À espera está um casal com três crianças que antes bebiam água com açúcar ao
jantar.

( fonte:   http://www.publico.pt/Local/a-pedalar-para-salvar-a-comida-do-lixo-e-matar-a-fome-envergonhada_1512522?all=1 )




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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

As privatizações da Pilantra

A minha amiga Pilantra confidenciou-me os seus planos de futuras aquisições:

« Com tudo isto, não sei se me candidate à privatização do Tejo ou da Berlenga Grande, quiçá da Grécia. A Grécia vendida à pedra, deve dar uma fortuna choruda. Só o Partenon me sustentaria ricamente estes últimos anos.
E o que não seria ouvir a Pitonisa de Delfos em privado! »

domingo, 11 de setembro de 2011

A interrogação de Carl Sagan

Pitágoras triunfou. Os números são a realidade. Por isso se começou a falar deste 11 de Setembro com semanas de antecedência. Por isso se sente a pressão para dizer (ainda mais) qualquer coisa neste ano. Porque é o décimo. Como se isso o fizesse qualitativamente diferente do nono e do décimo primeiro. Como se só pudéssemos voltar ao assunto, ou ser tão profundos, exaltados e definitivos, no vigésimo aniversário. Eis a decisiva importância sentimental do zero, um nada que é tudo.

O que mais me surpreendeu nesse dia foram as piadas que apareceram horas depois. Horas depois. De pessoas com quem me dava com menor ou maior proximidade. Só porque o alvo tinha sido a América, as vítimas os americanos. Significava que havia uma outra forma de terror muito mais insidiosa, a ausência de empatia naqueles com quem partilhamos o espaço e o tempo.

O que o 11 de Setembro representa transcende a alegada questão política. A sua mensagem é verdadeiramente apocalíptica. Diz-nos que haverá sempre alguém que fará tudo o que puder, recorrendo a complexas capacidades cognitivas e força de vontade, para destruir a Humanidade. Caso tenha os meios para isso, ser-lhe-á igual destruir um autocarro, comboios, arranha-céus ou a Terra inteira. Aliás, para este tipo de martírio psicótico, quão maior a destruição, maior a felicidade.

Quando Carl Sagan se questionava a respeito da possibilidade de existir vida inteligente noutros planetas, punha como hipótese que as civilizações galácticas pudessem autodestruir-se após chegaram a um certo ponto de desenvolvimento tecnológico. Temos essa capacidade por via das armas nucleares e das restantes tecnologias destrutivas que sempre nascem do avanço científico. Dada a pulsão irracional que transportamos, que até leva potenciais vítimas do terror a defender os terroristas, talvez esta experiência da civilização num discreto planeta nas bordas da galáxia seja um mero ensaio que correu mal. Num outro planeta, dos triliões que existem, certamente as coisas correrão melhor. No universo, o que não falta são locais para a Criação ir tentando até acertar. E, dizem ainda outros, o que não falta são universos. Infinitos.


in  Aspirina B

A mãe leva no focinho?

Ou o rapaz não tem mãe ou esta, como tantas portuguesas também leva no focinho

terça-feira, 6 de setembro de 2011




AGUENTA-TE COM ESTA


Talvez se mostrem no café da aldeia
a meio da tarde
as raparigas da cidade,
o longo cabelo a vedar-lhes
o rosto ensonado,
a pele branca correndo
sob as alças da blusa
ou feita navalha debaixo da mesa.
Mas tu não terás palavras, rapaz,
mesmo de calças novas
e camisa lavada,
pois tuas costas semelham
sacos de batatas
e no extremo de teus braços
encaixam lâminas de enxada.
Ficarás encostado ao balcão
armado em muro prestes a ruir.

Sairás por onde entraste,
fumador de SG filtro
cujo maço,
qual amachucada flor de lapela,
guardas no bolso da camisa.

Por cigarros vieste, os olhos
deitas em roda desarmados,
e dali disparas, metendo
pelo trilho que à treva desce.

RUI  LAGE
Um arraial português, p.30, Ed. Babel/Ulisseia
2011, abril.

Esclarece-nos o autor que «Os titulos dos poemas deste livro [..] são homónimos de titulos de canções da música ligeira portuguesa - ou de fragmentos das letras dessas canções - quase todas obrigatórias nos arraiais de verão um pouco por todo o país. [...]»

Escolhi este poema porque me parece que põe fortemente em evidência o desencontro de uma certa cultura jovem urbana e rural.

Esta poesia consegue com rara perícia vocabular e expressiva fazer uma interface inabitual entre esses dois mundos

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

«Quatro mulheres assassinadas em quatro dias». (JN)

Antes das manifestações das "galderices", é preciso pensar a sério em manifestações contra esta selvajaria, com que parece as mulheres mais "emancipadas" não se preocupam. Que tal uma manif. de «filhos e netos de mães e avós assassinadas pelos pais e avós»?

Suponho que poderia ter numerosos participantes e concitaria avergonha geral.