A transferência de todas as expectativas e da identidade nacional para o torneio mundial da bola é deveras interessante. Até essa dos "navegadores" não escapou, quando se sabe, historicamente, que os genoveses e os venezianos foram ainda mais percurssores que os tugas nas artes de marear.
Tanto se exalta o Português, mas o heróis da coisa atropelam comicamente a língua pátria. Claro que, enquanto se gasta a infância e a juventude nas acrobacias do chuto, não se chega para o resto... Assim, duas vedetas, como se diz, "a nível planetário", em pequenos flashes televisivos, adiantaram: "que póssamos" (Nani) e "tenho ouvisto dizer" (Coentrão).
Quanto aos verbos reflexos de Ronaldo e companhias é melhor não enumerarmos, senão não saíamos daqui.
Claro que daqui a um ou dois séculos, se o Planeta ainda continuar, outras jogatainas surgirão para transferir os orgulhos nacionais.