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Nunca soube lançar o pião
como os rapazes no terreiro,
entre os contentores: aprendizes
de ladrões, de proxenetas,
arrumadores. Nunca soube
lançar o pião. Nem puxar-lhe
o cordel entre os dedos
ou içá-lo, rodopiante, ma palma
a mão, acima do solo
conspurcado e mudo. Lancei
a minha vida, os meus
anseios. E foi tudo.
A Irresestível Voz de Ionatos, Editora Labirinto, 2009, Lisboa
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1 comentário:
Inês, obrigado pelo post. A crítica e sugestão que me deu para o final deste poema, de facto, enriqueceu-o de sobremaneira. Um outro obrigado! Só pelo que algumas
pessoas já me disseram, o livro já valeu,,, agora que ande sozinho!
Grande abraço-.
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