quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Desígnio
DESÍGNIO
Tudo tão natural. A árvore morta
já não abriga pássaros nos ramos.
- Ildásio Tavares
Mesmo com pássaros ao desabrigo
as árvores ainda cumprem
um desígnio vertical. O tronco cingido
de líquenes e ervas tardias
é a promessa do crepitar
da fogueira oculta que move
o ofício dos poetas
mesmo que a boca se fecha, a lenha
das palavras habita o poema
ardendo contra o tempo.
Novembro 2010, Inês Lourenço
in Diversos Afins
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