sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Eduardo Lourenço
Do Colonialismo como Nosso Impensado
« (...)
E o regime de Salazar, em particular, "deu origem a uma das mais grotescas mitologias colonialistas de que há memória": a metrópole tinha colónias mas não as podia assumir enquanto tal e os " malabarismos luso-tropicalistas" de Freyre "forneciam a necessária caução científica a esta operação mágica".
Depois, a falta de pensamento dos tempos coloniais ou imperiais foi herdada pelos tempos pós-coloniais, da descolonização: "Num caso e noutro: sem problemas. A não problematização da história portuguesa (com a excepção de Oliveira Martins) é uma das características capitais da consciência nacional, e essa ausência de olhar crítico sobre nós está relacionada justamente com o facto de sermos os prodigiosos autores de uma gesta de colonização que nunca nos pôs problemas. Quando os houve, e graves, foram os outros que no-los puseram." (...)»
DRC
in ípsilon , PÚBLICO, 26 de Setembro de 2014.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário