Passageira
O poema que não
surpreende nem afirmaa inutilidade de si, nem ensina
a olhar a certa dissolução
das coisas, nem interroga
o desencanto
É uma espécie de prurido
nas nossas costas, coisairritante e passageira
que logo se esquece.
I.L.
in A Disfunção Lírica (2007)
REESCRITA
Fender os versos
com a lâmina implacável do
tempo. No umbigo do poema
cravar
o sabre rente às vísceras dos
verbos,
à linfa de adjectivos. Despedaçar
os músculos dos sentidos. Abrir
a rede viária do sangue.
Romper
a velha epiderme.
I.L.
in Coisas que Nunca (2010)
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