A CASA
Verão livros amontoados e sem ordem.
Muito lidos, os romances de Joaquín Belda
Assustarão a alguém. Não vão achar diário
Nem sublimes escritos com intimidades.
Não há quadros no quarto. Não há outra ilusão
Além de uma esferográfica que ainda escreva,
Um envelope, um selo... E quando procurarem cartas
Apenas verão velhos recortes de jornal.
Os cadernos que me ofereceram em Málaga.
Péssimas fotografias de família. Onze
Versos casuais de um soneto inexistente.
E um feixe de razões para o esquecimento.
Quando abandonar a casa o último dia
Pouca vida mais nela encontrarão.
trad. de Joaquim Manuel Magalhães.
in Hífen 9 - Poesia Hispânica, Porto, Setembro de 1995.
quarta-feira, 25 de julho de 2012
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