quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Fobias?


 Há poucos dias ouvi um senhor do BE verberar a "islamofobia" que grassava por aí. É um vocábulo que ainda não conhecia. É caso para perguntar ao cavalheiro se não é legítimo ter mais que fobia, ou seja, horror a estas práticas tão disseminadas no mundo islâmico e até, nas comunidades que emigram para a Europa, incluindo Portugal.
Isto para já não falar de outros "multiculturalismos" humilhantes e subalternizantes em matéria de direitos humanos, para o género feminino.
É absolutamente hipócrita e até nojenta, a impassividade dos numerosos comentadores das recentes movimentações no mundo mulçumano, a encher a boca com a palavra democracia, sem fazer a mínima alusão à situação das cidadãs desse mundo. Haverá democracia digna desse nome, que possa coexistir com costumes bárbaros e atávicos? E são logo os senhores do BE (e as senhoras?) que vêm falar de islamofobia?
A cegueira anti-americana e anti-Ocidente, Ocidente esse de que afinal fazem parte e sem cuja tradição libertária não poderiam expressar as suas bravatas, é de tal forma obnibuladora, que apetece mandá-los emigrar para essas civilizações, contrairem uniões com senhoras veladas da cabeça aos pés e terem meninas que, aos nove anos, sejam brutalmente mutiladas para toda a vida.

1 comentário:

pilantra disse...

Não estão todos no mapa. Parece-me ser, sim, o registo dos países onde é legalmente consentida.
Em Portugal há, embora «clandestina». E por certo haverá, «devidamente clandestina», noutros países europeus. Isto que digo não é um branqueamento da excisão, é um alargamento do mapa dessa existência execravel.
Mas posso acrescentar uma experiência pessoal: o meu «abracadabra» existe desde outubro de 2005. Nos templates tem (sempre teve) um link direto para assinarem um manifesto CONTRA a excisão genital feminina. Pois de Outubro de 2005 até ontem (10 de Fevereiro de 2011) apenas 4 pessoas clicaram nesse link e talvez o tenham assinado. O assunto interessa pouco, não é? Em cinco anos e meio, convenhamos, quatro curiosos é desmoralizante – embora não o suficiente para mim, que sou uma velha colonialista. Mas confesso que tenho um certo prazer/asco sorridente em registar o desinteresse dos modernos e feministas.

No Egito, há poucas mulheres de cabelos ao vento na Praça Tahrir - o que não me parece bom augúrio embora possam «tirar a carta e conduzir, frequentar universidades, exercer profissões, etc.». Também no Iraque podiam e isso acabou de um dia para o outro com a «democratização» americana da chamada guerra do Iraque. Também na República do Afeganistão podiam, até que os americanos financiaram e armaram o Bin Laden e os talibã tomaram o poder e deu no que deu até à presente guerra USANATO em que até nós estamos envolvidos.
Mas também é verdade que no Irão as mulheres estiveram em força na rua, embora de cabeça coberta. Tal como, sob a burka, muito se conspirou e conspira contra... a burka.
Felizmente a imaginação é um património imaterial inesgotável da Resistência.

Não se irrite tanto com o BE, eles são como o PS - há bons e maus, e cada um deles tem dias.

Eu sou, sim, da esquerda-caviar: sem deus, sem pátria, sem autoridade. Não gosto dos nem-nem, como não gosto dos assim-assim. E até ao caviar, valha a verdade, prefiro o doce de amoras!

Beijinhos, que hoje acordei expedita eh eh eh