Ana de Castro Osório (Mangualde, 18 de Junho de 1872 — Setúbal, 23 de Março de 1935) foi uma escritora, especialmente no domínio da literatura infantil, pedagoga, feminista e activista republicana portuguesa. Ana de Castro Osório foi pioneira em Portugal na luta pela igualdade de direitos entre homem e mulher. Escreveu, em 1905, Mulheres Portuguesas, o primeiro manifesto feminista português. Foi uma das fundadoras do Grupo Português de Estudos Feministas, em 1907, da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, em 1909, da Associação de Propaganda Feminista, em 1912, da Comissão Feminina ‘Pela Pátria’, em 1916, a partir da qual se formou, no mesmo ano, a Cruzada das Mulheres Portuguesas. Casada com Paulino de Oliveira, membro do Partido Republicano aproximou-se desse partido, tendo, depois da instauração da República, colaborado com o ministro da Justiça, Afonso Costa, na elaboração da Lei do Divórcio. É considerada a criadora da literatura infantil em Portugal, com a série de contos infantis para as crianças que publicou, entre 1897 e 1935, em Setúbal, em fascículos. Foi membro da obediência maçónica Grande Oriente Lusitano e da Ordem Maçónica Mista Internacional "Le Droit Humain" - O Direito Humano.
(Fonte: Wikipédia)
Nota: Toda a gente conhece - e merecidamente - o poeta Camilo Pessanha e a sua obra, Clepsidra. Mas poucos sabem, talvez porque os exegetas da Literatura esqueceram o facto, de que Ana de Castro Osório foi a primeira editora deste celebrado livro, em 1920, nas Edições Lusitânia, sua propriedade. Salva-se dessa forma a obra poética de Pessanha, o nosso grande simbolista.
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