quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Thomas Bernhard


Este é um dos meus autores favoritos, desde há muito.
A propósito da próxima edição, da editora Sistema Solar, de Autobiografia de Thomas Bernhard, relembro aqui um poema que publiquei em 2005.


Thomas Bernhard

Dediquei-lhe um poema, há mais
de dez anos, para o qual certamente
se estaria nas tintas, se o lesse. É
um dos raros escritores que conseguiu
a difícil lucidez de detestar a pátria, essa
obrigatória e durável fonte de equívocos
e mal-entendidos. Por isso
ele gostava de passar temporadas
em Portugal, não pelo mar, nem
pela comida, nem pelos modos
amigáveis para turistas, mas sim
porque podia escutar uma língua
sem ter de entendê-la.


in Logros Consentidos, Ed. & etc , Lisboa 2005, pág.42.

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