[elipse, o rapaz]
o homem é de novo menino e corre corre pelas ruas de
basalto negro
e à noite recolhe-se no baldio com trapos e sucatas
e raízes
podres
antes de adormecer olha o céu negro sugado de estrelas
e adormece sobre camadas de jornais velhos
passa o sono a viajar na matéria dos sonhos
e é menino ainda quando acorda
abre muito os olhos
como se pudesse ver o futuro
mas não vê
in O GATO VISITADOR, volta d'mar, 2013, pág.23
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