terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Irmandades


Estas agremiações, seja qual for a sua inspiração, reflectem sempre uma identidade mais ou menos iluminada e que pressupõe deter a Verdade. Já sabemos que essa verdade maiúscula não existe. Existem diversas verdades, segundo as perspectivas e as temporalidades a que se referem. Claro que para os teístas dessas irmandades dá muito jeito agarrarem-se a esse mito da verdade única, porque não sabem viver com a dúvida, com a sua precariedade humana e acreditam numa entidade divina, seja Deus, Jeová, Alá, ou o Grande Arquitecto do Universo. Nós, os que não nos arrogamos detentores de “iluminações”, somos chamados de profanos, infiéis, etc.

Um anacronismo mofento exala-se dessas crenças e rituais cujo secretismo tinha razão de ser em tempos de impérios, guilhotinas e decapitações. Hoje, encobre mal a voracidade de estar nos lugares onde transitam pessoas ligadas ao poder e ao dinheiro. No caso dos discípulos do “Arquitecto” há inúmeras contradições, logo nos objectivos mais ou menos teístas: como é que se pode ser livre-pensador, pedreiro-livre, livre examinista, etc., e ao mesmo tempo pertencer a uma “obediência”? Como se pode defender e socorrer um irmão, quando há manifesto conflito de interesses e de cargos sociais? Por isso, irmandades só as genéticas e, muitas vezes, nem isso. Lembremo-nos daquela historinha de Caim e Abel.

2 comentários:

samartaime disse...

As irmandades é uma coisa muito bonita - digo eu que sou filha única, felizmente!

Anónimo disse...

Como disse ontem na Sic-N o Ricardo Araújo Pereira , «NUNCA VI UM TROLHA MAÇON»...

ESSA GENTINHA TEM QUE DEIXAR DE TAPAR O SOL COM A PENEIRA, POIS SÓ ANDA LÁ QUEM ESTÁ BEM INSTALADO NAS DIVERSAS ÉLITES, MUITAS VEZES PARASITÁRIAS, DE TODA O GÉNERO DE INFLUÊNCIAS