segunda-feira, 16 de maio de 2011

Vernáculo

As recentes catroguices, introduzindo no argumentário que se pretende político certos vocábulos e certas comparações a figuras históricas, que só a um esgar burlesco podem corresponder, confirmam-nos cada vez mais que estas eleições eram desnecessárias, com o seu cortejo de troikas e respectivas consequências. Sim, porque o actual PM demissionário, não cumpriu o mandato de mais dois anos, para que foi eleito democraticamente.
Este facto é sucessivamente mascarado por toda a gente; assim como a nociva acção de toda a oposição durante a governação de Sócrates, aliando-se contra qualquer medida de racionalização de serviços e custos do Estado. A hipócrita entente de direitas e esquerdas, de braço dado em manifestações e votações de leis, só com o fito de derrubar o odiado PM (isto sem falar nas campanhas ad hominem), foi um espectáculo triste e degradante sobre o exercício da política.
Na última edição do semanário Expresso, Miguel Sousa Tavares acaba a sua crónica com a seguinte constatação: "Já sabíamos que Sócrates tem sete vidas, mas oito?" Esperemos que o vernáculo catroguismo, o estilo pimba de Passos Coelho e de outras abencerragens do PSD, mais as retóricas à 1917 de uma esquerda irrealista, não nos lancem para a apagada e vil tristeza, de além de sermos pobres, sermos pindéricos mentais.
E os que gostam de liberdades sociais, não se iludam. Com o advento da nossa Direita, ligada à Igreja Católica e ao respeitinho cavernícola, trará revisões das leis da IVG, da homossexualidade e o testamento vital, que ficará adiado para daqui a cem anos.

1 comentário:

pilantra disse...

Valha-me o inefável santo ambrósio mais a imarcescível corte celestial!

Que Hermes me propicie uma boa viagem e me proteja dos escorpiões danadões!