Consta que jamais se viu o Cavaco de cravo ao peito, coisa que lhe ficaria muito bem, dada a sua idade e origem social. Contudo, o bom povo português, tudo indica, vai re-elegê-lo. Este bom povo elege sempre os sonsos videirinhos e é subserviente aos entronizados no palanque, há largos anos (cavacos, jardins, salazares).
É suposto que o Presidente da República represente um país e a sua identidade cultural. Eu nunca me sentirei representada por Cavaco Silva. Impossível imaginar que ele possa representar D. Diniz, Damião de Góis, Pedro Nunes, Camões, Eça de Queirós, Egas Moniz, Fernando Pessoa, Vieira da Silva, Jorge de Sena, Sophia de Mello Breyner ou Herberto Hélder.
É inclassificável a desculpa "familiar" do agora candidato Cavaco Silva para não comparecer ao funeral do nosso único Prémio Nobel da Literatura, José Saramago, que honra a Língua Portuguesa, idioma de que supostamente o mesmo Cavaco é representante enquanto PR.
É pena não haver por aí uma Dilma que, se calhar, dada a bronquice nacional, cá não ganhava.
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
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3 comentários:
Há "Coisas que nunca"
Há, sem dúvida, Dilmas e Dilmos no nosso povo - que sempre os teve e terá, conforme a Inês enunciou e a que poderíamos acrescentar outros tantos.
É apenas um caso de incompatibilidade ocasional: que em tempo de cavacos, não se dão faias nem álamos.
A melhor maneira de eu começar este dia de eleições.
OBRIGADA,Inês!
E até breve. Um grande beijo
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