terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ferraris e famintos


Andamos fartos de ouvir falar em OCDE, FMI, G8, agências de rating, dívida pública, défice, etc., etc. E, concomitantemente, na insistência dos "pregadores" de ideologias para a salvação dos "desfavorecidos", que já deram provas da sua ineficácia local e global.
Tudo isto parece ser um fantástico logro civilizacional. Os recursos do Planeta não chegam para sustentar um mundo de fabricantes e consumidores de Ferraris e outras obras-primas extipendiárias do engenho e vaidade humanas, alimentar metrópoles luminescentes de dolce vita e garantir que cada ser, dito da espécie humana, tenha direito a um prato de comida e a alfabetização em qualquer recôndito sítio da Terra.
Este maléfico desequilíbrio civilizacional não tem cura.
O mais que poderá suceder é, se a Natureza antes não pregar qualquer partida tipo degelo dos pólos, que venha a eclodir uma nova revolução, promovida pelos famintos que diariamente tentam emigrar para o mundo da abundância, que entretanto vai fabricando os seus próprios famintos.
Surgirá qualquer novo ismo, cuja implantação libertadora provocará, como é de uso, milhões de vítimas e milhares de presos políticos. Essa libertação gerará novos poderes, novas oligarquias, cerceamento de liberdades individuais, até ser desapeada como acaba sempre por suceder.
Etc., etc. e etc.

Sem comentários: